sexta-feira, 14 de outubro de 2011

E o tempo revelou..

Escrever sobre o tempo é perigoso..denuncia nossa idade..rs Se bem que não deveria ser assim porque a experiência independe de faixa etária.. é estabelecida nos fatos e momentos vividos em qualquer tempo..em qualquer lugar. E, também, já me desapeguei da preocupação com o avançar da idade, estou na terceira década de vida e o que acumulei até agora (em todos os aspectos) só me torna mais amante da minha própria história.

Assim, naturalmente, reflito sobre tantos episódios que vivi..sei..muitos momentos bons..mas, talvez na mesma proporção, também os momentos difícieis. E sem máscaras ou disfarces a vida escancara a mim, a realidade nua e crua.

E algo que me surpreende sempre é o próprio tempo. O tempo revela tudo! O tempo esclarece conversas mal estabelecidas. O tempo justifica as opiniões contraditórias, porém sinceras. O tempo fortifica laços de relacionamentos, cria intimidade, gera confiança. O tempo é o senhor. E tudo isso por vezes, me assusta.

Me assusta porque já depositei confiança em pessoas que com o tempo revelaram-se inconfiáveis. Me assusta porque já segui pessoas que admirava e com o tempo revelaram-se tão amargas que de longe sentia o odor do fel. Me assusta porque esvaiu-se de mim pessoas que com singeleza considerava amigos, mas que com o tempo revelaram-se amantes da própria individualidade. Isso me assusta..

O tempo não somente revela os outros a nós mesmos, mas nós mesmos à outros. E assim, ninguém escapa de suas mãos. Esforço-me tão somente para que meus melhores sentimentos tomem forma de comportamento e corrigam os erros e aperfeiçoam os acertos a fim de que o tempo seja a meu favor, a fim de que o tempo seja meu eterno parceiro e amigo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Papo Jovem



Não seria necessário falar que a mente do jovem vive turbilhada de questionamentos, dúvidas, inquietações sobre diversos temas da vida. Temas esses que merecem atenção e dedicação a fim de que se busque o conhecimento e experiências que levem ao crescimento moral, ético e espiritual.

Em relação a juventude cristã, acredito, isso se torna muito mais prioritário porque temas como esses dificilmente entravam na programação da igreja. Esse é o momento de agarrar as oportunidades que se apresentam e absorver o máximo de conhecimento. Esse é o momento de buscar o amadurecimento em todos os aspectos.

Nisso, vale ressaltar, que estamos em vantagem. Os temas contemporâneos serão ministrados por pessoas comprometidas com a missão da Igreja e que amam a Deus. São pessoas que indubitavelmente levarão os ouvintes a ensinos edificantes e igualmente comprometidos com o Reino.

Reservo minhas muitas expectativas para esses dias. Que o Senhor nos abençoe!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Fazendo a 'obra' de Deus

Inevitavelmente tenho traços 'pentecostais' pois é minha instituição raiz em relação à religião. Não que haja problema nisso, o importante é conhecer a Cristo (rs). Começo o texto assim porque comumente se ouve na igreja que fazer a 'obra' de Deus é ter um cargo e isso muito me incomoda.

Acredito que fazer a 'obra' é ir além. É se sacrificar a fim de expandir os valores do Reino de Deus e nesse pensamento todo e qualquer tipo de ação pode se caracterizar como 'obra'. Não é preciso ter cargo, credencial, título. Basta ser disposto.

Alguns dizem que acham bonito uma pessoa ser esforçada na igreja. Admiram uma pessoa que é envolvida como os afazeres cristãos, e etc e tal..mas simplesmente ficam nisso. Só admirando...

Fazer a obra é ser participante. É ser cooperador. Não importante se é o lider-mor, se é o que recebeu a 'ordem' do pastor.. de burocracia já basta a própria religiosidade. Precisamos de pessoas que amam trabalhar para Deus. Que contribuem com a comunhão, com o crescimento espiritual, social e emocional da comunidade religiosa, sem competitividade, sem ressentimentos, sem pensar em custo-benfício.

Fazer a 'obra' de Deus me enche de orgulho, de alegria. Fico cansada é claro, mas só em pensar que quando deito minha cabeça no travesseiro sinto o rosto de Deus a me velar e a sorrir para mim..ah..isso basta!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Conseqüências do Erro. Inevitáveis?

Falhas e erros são tão naturais quanto a nossa própria vida. Raro ou freqüente, de mínima ou de maior proporção todos nós cometemos deslize. A grande verdade escancara-se diante de nós, de que as conseqüências dos erros nos sobrevêm mesmo recebendo a plenitude do perdão divino. É certo que Deus sentenciou a Davi por causa de seu hediondo erro, coisa que ele mesmo reconheceu quando preconizou: “É justa a tua sentença e tens razão em condenar-me” (Sl 51.4b). Contudo, até que ponto se pode caracterizar passivamente alguns fatos da vida como “conseqüência do erro”? Veementemente creio que a correção nos impulsiona a refletir quando estamos defronte de uma nova possibilidade de erro. Se não houver correção, a diferença entre razão e tolice se torna tênue.

Entretanto, o Deus que sentencia é o mesmo que absorve quando se depara com o arrependimento. Um arrependimento não gerado apenas na avidez da situação, mas em uma constante, como um estilo de vida, digno de quem fora transformado pela Palavra. Lembram-se da história de Nínive? E em outras circunstâncias que Deus revogou sentenças por causa de um comportamento verdadeiro e íntegro diante de Sua presença? Davi sofrera a sentença, mas Deus não sentenciou a omissão ou a inércia. Davi não se posicionou como pai, chefe do lar e nem ao menos tentou conciliar os ânimos e caráter de seus filhos para que os desastres não fossem tão cruciais (não generalizo no quesito pais e filhos. Sei que muitos filhos erram e os pais nada são responsáveis por isso).

Penso que sofrer as conseqüências de um erro não quer dizer aceitá-las sem se esforçar para amenizá-las. A lei da semeadura é inexorável, porém quando se aprende algumas lições na vida, principalmente as de cunho espiritual, é preciso aplicá-las. Deus pode não eliminar as conseqüências da nossa vida, mas pode com certeza nos ensinar a lidar com elas com a sabedoria que vem do alto. Por meio do fruto do Espírito podemos conduzir as circunstâncias negativas de forma a não nos afogar em melancolia ou sentimento de culpa.

Algumas pessoas foram perdoadas por Deus, mas a si mesmas não perdoam e isso as torna insuficientes diante das responsabilidades da vida, sejam como profetas, pais, filhos, pastores, profissionais etc. As conseqüências do pecado não são para tornar a pessoa inerte diante da vida. Penso que as conseqüências servem para nos ensinar e como todo ensino, um dia se domina o assunto e assim não mais se sofrerá diante da incerteza se você vai acertar ou não porque a lição, enfim, foi aprendida.